sábado, abril 14

Ética Cristã e Direitos Humanos Lição 3 – CPAD 2º TRIMESTRE 2018


Ética Cristã e Direitos Humanos
Lição 3 – CPAD 2º TRIMESTRE 2018
Estudo Pastor Prof. Universitário Osvarela
TEXTO ÁUREO
"O estrangeiro não afligirás, nem o oprimirás; pois estrangeiros fostes na terra do Egito." (Êx 22.21)
Verdade Extraída Para Prática Diária
Os direitos do ser humano revelados na Palavra de Deus têm como fundamento o Amor.
LEITURA BÍBLICA
Isaías 58.6-12
6 Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo?
7 Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?
8 Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante de ti, e a glória do SENHOR será a tua retaguarda.
9 Então clamarás, e o SENHOR te responderá; gritarás, e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo, e o falar iniquamente;
10 E se abrires a tua alma ao faminto, e fartares a alma aflita; então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia.
11 E o SENHOR te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; e serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca faltam.
12 E os que de ti procederem edificarão as antigas ruínas; e levantarás os fundamentos de geração em geração; e chamar-te-ão reparador das roturas, e restaurador de veredas para morar.
“O maior preservador dos Direitos Humanos é o próprio Deus. Pelo seu Amor Ele preservou os direitos perdidos do Homem, para uma Shalom, e deu seu Filho para regenerar o Homem e manteve o Sol e as Estrelas, a chuva e os mantimentos fruto da Terra, a disposição de todos os homens, independente de são certos ou errados garantindo-lhes uma vida digna.” Osvarela
A Legalidade E Definição de Direitos Humanos
http://www.unidosparaosdireitoshumanos.com.pt/what-are-human-rights/universal-declaration-of-human-rights/articles-01-10.html
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM
Artigo 1.º
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.
Artigo 2.º
Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou outra, origem nacional ou social, fortuna, nascimento ou outro estatuto.
Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do território da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente, sob tutela, autónomo ou sujeito a alguma limitação de soberania.
Artigo 3.º
Todas as pessoas têm direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Direitos Humanos:
Direitos Humanos são os todos os direitos relacionados à garantia de uma vida digna a todas as pessoas. Os direitos humanos são direitos que são garantidos à pessoa pelo simples fato de ser humana.
Assim, os direitos humanos são todos direitos e liberdades básicas, considerados fundamentais para dignidade. Eles devem ser garantidos a todos os cidadãos, de qualquer parte do mundo e sem qualquer tipo de discriminação, como cor, religião, nacionalidade, gênero, orientação sexual e política.
Os Direitos Humanos são direitos inerentes a todos os seres humanos, independentemente de raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição. Os direitos humanos incluem o direito à vida e à liberdade, à liberdade de opinião e de expressão, o direito ao trabalho e à educação, entre e muitos outros. Todos merecem estes direitos, sem discriminação.
O Direito Internacional dos Direitos Humanos estabelece as obrigações dos governos de agirem de determinadas maneiras ou de se absterem de certos atos, a fim de promover e proteger os direitos humanos e as liberdades de grupos ou indivíduos.
Direitos Humanos é o conjunto de garantias e valores universais que tem como objetivo garantir a dignidade, que pode ser definida com um conjunto mínimo de condições de uma vida digna.
De acordo com a ONU - Organização das Nações Unidas os direitos humanos são garantias de proteção das pessoas contra ações ou falta de ações dos governos que possam colocar em risco a dignidade humana.
São direitos humanos básicos: direito à vida, à liberdade de expressão de opinião e de religião, direito à saúde, à educação e ao trabalho.
"O estrangeiro não afligirás, nem o oprimirás; pois estrangeiros fostes na terra do Egito." Êx 22.21
A noção de direitos e amplamente bíblica.
O texto supra se manifesta sobre o cuidado, de Deus com a sua coroa da Criação.
Desde o início Deus se preocupou com a questão da liberdade humana. De tal forma, que Ele criou o homem, com livre-arbítrio. Com regramento de Direitos e Deveres, como veremos abaixo, neste Estudo.
7 Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?
Quando em tempos contemporâneos vemos leva de migrantes, principalmente na Ásia, para a Europa e de países da América Central, para outras américas, como Haitianos, Venezuelanos, etc.
Gente que migra sem documentos apropriados e se reduzem a multidões de exilados na precariedade. Se colocando em situações de risco, em travessias de barcos ou embarcações improvisadas, com risco de vida, para si mesmos e para crianças, filhos do desespero.
Assim, a Bíblia se antecipa a esta vulnerabilidade, dos estrangeiros, quando os Direitos Humanos, são a única forma de preservar ou lhes dar direito a um mínimo de dignidade.
Há em alguns países, para onde migram repúdio, racismo e fobia a estrangeiros.
Por isto, a Bíblia se antecipou a qualquer Organismo Internacional e determinou a proteção destes povos, tanto nos dias Veterotestamentários, quanto a estes dias contemporâneos.
Na História Humana
O primeiro registro histórico de Direitos Humanos é de aproximadamente 500 a.C, quando Ciro, rei da Pérsia, declarou a liberdade de escravos e alguns outros direitos de igualdade humana.
Esses direitos foram gravados em uma peça chamada Cilindro de Ciro.
Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor Deus dos céus me deu todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que está em Judá. Quem há entre vós, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e suba a Jerusalém, que está em Judá, e edifique a casa do Senhor Deus de Israel (ele é o Deus) que está em Jerusalém. E todo aquele que ficar atrás em algum lugar em que andar peregrinando, os homens do seu lugar o ajudarão com prata, com ouro, com bens, e com gados, além das dádivas voluntárias para a casa de Deus, que está em Jerusalém.” Esdras 1:2-4
Também foi estabelecido na Mesopotâmia ao famoso Código de Hamurabi (Khammu-rabi, rei da Babilônia no 18º século a.C)
 Código de Hamurábi (embora abrangesse também antigas leis).
Muitas das provisões do código referem-se às três classes sociais:
- a do "awelum" (filho do homem”, ou seja, a classe mais alta, dos homens livres, que era merecedora de maiores compensações por injúrias - retaliações - mas que por outro lado arcava com as multas mais pesadas por ofensas);
- No estágio imediatamente inferior, a classe do "mushkenum", cidadão livre mas de menor ststus e obrigações mais leves;
- Por último, a classe do "wardum", escravo marcado que no entanto, podia ter propriedade.
O código referia-se também:
- Ao comércio (no qual o caixeiro viajante ocupava lugar importante),
- À família (inclusive o divórcio, o pátrio poder, a adoção, o adultério, o incesto),
- Ao trabalho (precursor do salário mínimo, das categorias profissionais, das leis trabalhistas), à propriedade.
Quanto às leis criminais, vigorava a "lex talionis":
- Uma vida por uma vida; a pena de morte era largamente aplicada, seja na fogueira, na forca, seja por afogamento ou empalação. A mutilação era infligida de acordo com a natureza da ofensa. A noção de "uma vida por uma vida" atingia aos filhos dos causadores de danos aos filhos dos ofendidos.
No Prólogo temos definições de Direitos Humanos (Direito Internacional dos Direitos Humanos estabelece as obrigações dos governos):
"As justas leis que Hamurabi, o sábio rei, estabeleceu e (com as quais) deu base estável ao governo ... Eu sou o governador guardião ... Em meu seio trago o povo das terras de Sumer e Acad; ... em minha sabedoria eu os refreio, para que o forte não oprima o fraco e para que seja feita justiça à viúva e ao órfão ... Que cada homem oprimido compareça diante de mim, como rei que sou da justiça. Deixai-o ler a inscrição do meu monumento. Deixai-o atentar nas minhas ponderadas palavras. E possa o meu monumento iluminá-lo quanto à causa que traz, e possa ele compreender o seu caso. Possa ele folgar o coração (exclamando) "Hamurabi é na verdade como um pai para o seu povo; ... estabeleceu a prosperidade para sempre e deu um governo puro à terra. Quando Anu e Enlil (os deuses de Uruk e Nippur) deram-me a governar as terras de Sumer e Acad, e confiaram a mim este cetro, eu abri o canal. Hammurabi-nukhush-nish (Hamurabi-a-abundância-do-povo) que traz água copiosa para as terras de Sumer e Acad. Suas margens de ambos os lados eu as transformei em campos de cultura; amontoei montes de grãos, provi todas as terras de água que não falha ... O povo disperso se reuniu; dei-lhe pastagens em abundância e o estabeleci em pacíficas moradias".
10 E se abrires a tua alma ao faminto, e fartares a alma aflita; então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia.
Trata de direitos básicos do povo:
Terra
Água
Trabalho
Justiça
Alimento
“Eis que todas as almas são minhas; como o é a alma do pai, assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá. Ezequiel 18:4
É necessário recorrermos as Escrituras para compreendermos o valor do ser humano.
Ele é algo pertencente ao Criador e não pode ser desprezado, humilhado por ninguém, embora Satanás tenha aprisionado o Adam pelo pecado, houve um momento na Plenitude dos Tempos, que Deus cumpriu sua promessa de Genesis 3.15 e Seu Filho Amado Jesus Cristo pagou o preço por todas as almas com seu próprio sangue:
E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue nos compraste para Deus de toda a tribo, e língua, e povo, e nação; Apocalipse 5:9
Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.” Colossenses 2:14
Características mais importantes dos Direitos Humanos são:
Os Direitos Humanos são fundados sobre o respeito pela dignidade e o valor de cada pessoa;
Os Direitos Humanos são universais, o que quer dizer que são aplicados de forma igual e sem discriminação a todas as pessoas;
Os Direitos Humanos são inalienáveis, e ninguém pode ser privado de seus direitos humanos; eles podem ser limitados em situações específicas. Por exemplo, o direito à liberdade pode ser restringido se uma pessoa é considerada culpada de um crime diante de um tribunal e com o devido processo legal;
Os Direitos Humanos são indivisíveis, inter-relacionados e interdependentes, já que é insuficiente respeitar alguns Direitos Humanos e outros não.
Na prática, a violação de um direito vai afetar o respeito por muitos outros;
Todos os direitos humanos devem, portanto, ser vistos como de igual importância, sendo igualmente essencial respeitar a dignidade e o valor de cada pessoa. ONU/Br
A Bíblia e A Narrativa da Criação do Adam
Regência e Co-Regencia
Deus e o Homem
As duas narrativas míticas sobre a Criação que encontramos na Bíblia provêm de tradições orais diferentes, mas ambas afirmam a dignidade da pessoa humana que, colocada no centro do ato criador de Deus, se torna parceiro de Deus no cuidado de toda a Criação.
Isto é, Deus entrega ao Ser Humano o poder sobre toda a Criação, para que o ser humano cuide dela.
Estabelece o parâmetro de Dignidade dado por Deus, O Criador, na regência do cosmo terreal, colocando o Adam como Gerente de toda a Criação. Estabeleceu, Deus um estado de que tudo estava à disposição do Adam e ele poderia usufruir de tudo à sua maneira.
Regras? Sim! Mas, todo Tratado de Direitos Humanos as possui, desde os mais antigos até aos mais modernos. Não há Sociedade Livre sem regramento, moral, cultural ou religioso.
Então o Adam se submeteria, como regramento, as Ordens divinas, que lhe garantiria uma vida tranquila e sossegada. Mesmo, caído Deus não subverteu a co-regencia humana a outro patamar, mas permitiu o crescimento humano e seu controle conforme seu Livre-Arbítrio, e por isto mesmo este passa ser responsável pelas consequências.
Quando lemos o Código de Hamurabi, ou as Regras de Direitos dos Homens de Ciro da Babilônia entrevemos que a razão superior, dentro do coração do homem, estabelece um parâmetro mínimo da convivência social e traz no bojo de seu conteúdo as penalidades em contradito aos direitos a serem observados diante da sua Sociedade, por todos os Homens.
“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra. E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que dê semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore, em que há fruto que dê semente, ser-vos-á para mantimento. E a todo o animal da terra, e a toda a ave dos céus, e a todo o réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde será para mantimento; e assim foi.” Gênesis 1:26-30
“E tomou o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar. ..., E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás. E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele. Havendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todo o animal do campo, e toda a ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome. E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo o animal do campo; mas para o homem não se achava ajudadora idônea. Gênesis 2:15,16-20
Trabalho
Alimento
Paz social
Paz e comando de toda a alimária
O Poder e a Dissolução na Narrativa Bíblica dos Direitos Humanos
A Bíblia narra a história de como o mundo ordenado, belo e justo criado por Deus perde parte de sua beleza, harmonia e ordem por causa do pecado humano, e é reordenado e restabelecido nas bases da justiça, da paz e da comunhão com o Criador. Logo após as narrativas da Criação, vem a narração (da tradição Javista) da Queda do Homem. E aqui a Bíblia coloca já de início a questão do poder e do seu abuso.
Ao contrário do que ensinam os moralistas histéricos, e geralmente hipócritas, a famosa narrativa do fruto proibido nada tem a ver com a sexualidade. Pelo contrário, têm a ver com o conceito de poder absoluto.
O Drama e a Mitigação
O drama mítico atinge então o ápice logo em seguida: o ser humano se percebe nu, isto é, se percebe frágil e precisa esconder-se. O tiro saiu pela culatra: ao invés de ficarem iguais a Deus, ficaram, sim, conscientes de sua fragilidade e de sua limitação. A presença de Deus, que vinha passear pela tarde no Jardim e gozar da companhia do ser humano, se torna ameaça e o ser humano, diante da Presença, precisa esconder-se.
Mitigados Para Manter a Vida
Mais ainda, a percepção da nudez e o sentimento de vergonha impede que o ser humano se mostre como é diante do seu semelhante, e por isso Deus lhes faz as vestes, para cobrir sua nudez, o símbolo de sua fragilidade, a denúncia de sua vontade de poder frustrada.
Quando também fizerdes a colheita da vossa terra, o canto do teu campo não segarás totalmente, nem as espigas caídas colherás da tua sega. Semelhantemente não rabiscarás a tua vinha, nem colherás os bagos caídos da tua vinha; deixá-los-ás ao pobre e ao estrangeiro. Eu sou o Senhor vosso Deus.” Levítico 19:9,10
Na Lei a Valorização do Direito e Proteção
Dos Judeus
Dos Estrangeiros
A LEI
No Pentateuco, ou os chamados Cinco Livros da Lei de Moisés, se percebe claramente o caráter social da ética dos hebreus. Vamos encon­trar nestes cinco livros, exemplos claros de que o critério hebreu para o convívio humano se pauta pelo reconhecimento de direitos que eram re­portados como Lei de Deus.
O Código Legal que se deduz da leitura desses cinco livros é realmente desafiador para o mundo contemporâneo, em que a massificação e os aparatos de controle político e econômico violentam as pessoas, especialmente aqueles que não se enquadram no modelo: os excluídos.
O Código Mosaico (de Moisés) parte do pressuposto de que a Vontade de Deus é soberana e norteia toda a ação e o convívio humano. E sua maior preocupação é sempre com os que correm o risco maior de exclusão: o pobre, o órfão, a viúva, o leproso, o estrangeiro, o endividado... Regula o uso e a distribuição da terra e dos alimentos, prevê o sustento dos pobres, define os poderes das autoridades, estabelece padrões reguladores para a vida econômica, e estabelece também as penas para aqueles que não cumprem a lei ou que abusam do poder.
Seria por demais extenso e cansativo relacionar todas as referências de conteúdo ético social, político e econômico do Pentateuco. Espero que o leitor mais cuidadoso e interessado possa dispor de tempo para fazer, ele mesmo, sua pesquisa e aprofundar as ideias que aqui lanço apenas de passagem.
No seu dia lhe pagarás a sua diária, e o sol não se porá sobre isso; porquanto pobre é, e sua vida depende disso; para que não clame contra ti ao Senhor, e haja em ti pecado. Os pais não morrerão pelos filhos, nem os filhos pelos pais; cada um morrerá pelo seu pecado. Não perverterás o direito do estrangeiro e do órfão; nem tomarás em penhor a roupa da viúva.” Deuteronômio 24:15-17
“Falou mais o SENHOR a Moisés no monte Sinai, dizendo: Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando tiverdes entrado na terra, que eu vos dou, então a terra descansará um sábado ao Senhor. Seis anos semearás a tua terra, e seis anos podarás a tua vinha, e colherás os seus frutos; Porém ao sétimo ano haverá sábado de descanso para a terra, um sábado ao Senhor; não semearás o teu campo nem podarás a tua vinha. O que nascer de si mesmo da tua sega, não colherás, e as uvas da tua separação não vindimarás; ano de descanso será para a terra. Mas os frutos do sábado da terra vos serão por alimento, a ti, e ao teu servo, e à tua serva, e ao teu diarista, e ao estrangeiro que peregrina contigo; E ao teu gado, e aos teus animais, que estão na tua terra, todo o seu produto será por mantimento. Também contarás sete semanas de anos, sete vezes sete anos; de maneira que os dias das sete semanas de anos te serão quarenta e nove anos. Então no mês sétimo, aos dez do mês, farás passar a trombeta do jubileu; no dia da expiação fareis passar a trombeta por toda a vossa terra, E santificareis o ano qüinquagésimo, e apregoareis liberdade na terra a todos os seus moradores; ano de jubileu vos será, e tornareis, cada um à sua possessão, e cada um à sua família. O ano qüinquagésimo vos será jubileu; não semeareis nem colhereis o que nele nascer de si mesmo, nem nele vindimareis as uvas das separações, Porque jubileu é, santo será para vós; a novidade do campo comereis. Neste ano do jubileu tornareis cada um à sua possessão. E quando venderdes alguma coisa ao vosso próximo, ou a comprardes da mão do vosso próximo, ninguém engane a seu irmão; Levítico 25:1-14
ESCRITURA NEOTESTAMENTÁRIA
O Direito natural é regido pelo Amor ao Próximo!
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.” Marcos 12:31
Paulo e A Cidadania
Defesa dos Direitos
Poderíamos hoje dizer que Paulo defenderia o que chamamos de Estado de Direito, no contexto de sua existência no mundo helenista do Império Romano no Oriente e de sua formação como fariseu. Mas jamais o Apóstolo estaria defendendo a obediência cega e não crítica à autoridade, O mesmo Paulo afirmava que Jesus é o Senhor, em clara desobediência ao Imperador e aos estatutos do Império Romano.
O próprio Paulo se valeu, contudo, de sua condição de cidadão romano (de sua cidadania!) para reivindicar o direito de receber julgamento justo (cf. Atos 22- 27). Ou seja, modernamente falando, podemos dizer que o Apóstolo Paulo defende - na limitação de seu contexto histórico e sócio-político - os valores de cidadania e de direitos da pessoa humana.
“E, quando iam a introduzir Paulo na fortaleza, disse Paulo ao tribuno: É-me permitido dizer-te alguma coisa? E ele disse: Sabes o grego? E, ouvindo isto, o centurião foi, e anunciou ao tribuno, dizendo: Vê o que vais fazer, porque este homem é romano. E, vindo o tribuno, disse-lhe: Dize-me, és tu romano? E ele disse: Sim. E respondeu o tribuno: Eu com grande soma de dinheiro alcancei este direito de cidadão. Paulo disse: Mas eu o sou de nascimento. E logo dele se apartaram os que o haviam de examinar; e até o tribuno teve temor, quando soube que era romano, visto que o tinha ligado.” Atos 21:37;22:26-29
“E escreveu uma carta, que continha isto: Cláudio Lísias, a Félix, potentíssimo presidente, saúde. Esse homem foi preso pelos judeus; e, estando já a ponto de ser morto por eles, sobrevim eu com a soldadesca, e o livrei, informado de que era romano.” Atos 23:25-27
A cidadania reconhecida livra muitos da morte. Como em nossos dias, ser reconhecido pela sua etnia pode ser letal ou ser favorável, à vida.
"O estrangeiro não afligirás, nem o oprimirás; pois estrangeiros fostes na terra do Egito." (Êx 22.21)
Todos os anos, milhares de migrantes e refugiados tentam chegar à Europa. Alguns são movidos pela necessidade de escapar da miséria; outros estão fugindo da violência e perseguição. Suas jornadas são cheias de perigos. Estima-se que pelo menos 23 mil pessoas tenham perdido suas vidas tentando chegar à Europa desde 2000. E aqueles que conseguiram atingir as fronteiras da União Europeia (UE) descobrem que a segurança permanece fora do seu alcance.
O diretor do Escritório das Nações Unidas em Genebra, Michael Møller, alertou que a Europa deve se preparar para a chegada de milhões de migrantes da África, Ásia e Oriente Médio. O contingente de migrantes que estão a caminho da Europa está novamente com tendência de alta. Dos 30.465 migrantes que chegaram à Europa no primeiro trimestre de 2017, 24.292 (80%) aportaram na Itália, 4.407 na Grécia, 1.510 na Espanha e 256 na Bulgária, de acordo com a Organização Internacional de Migração (OIM).Que o digam os migrantes da África ou do Oriente que vão para a União Europeia. "O que estamos testemunhando é uma das maiores migrações humanas da história. E ela só vai acelerar: os jovens têm celulares e veem o que está acontecendo em outras partes do mundo e isso age como um ímã".
Segundo a OIM, os migrantes que chegaram à Itália nos primeiros três meses de 2017 são, em ordem decrescente, da Guiné, Nigéria, Bangladesh, Costa do Marfim, Gâmbia, Senegal, Marrocos, Mali, Somália e Eritreia.
A Itália também está se preparando para o pior. Chega a um milhão o número de pessoas, principalmente de Bangladesh, Egito, Mali, Níger, Nigéria, Sudão e Síria que estão na Líbia esperando para atravessar o Mar Mediterrâneo de acordo com a OIM. Soeren Kern é Colaborador Sênior do Gatestone Institute de Nova Iorque.
Governos São Autoridades, Mas de Deus é O Poder:
O texto ao invés de justificar a autoridade de César (e dos Césares de todos os tempos por extensão), pelo contrário, mostra exatamente a limitação dessa autoridade: está abaixo do Reinado de Deus.
2. “Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores...”
Aqui se cita o Apóstolo São Paulo, em sua carta aos Romanos, 13,1-7. Citado assim, parece mesmo que o Apóstolo está nos sugerindo que toda autoridade é boa e deve ser obedecida. Cansei de ouvir esse texto como advertência nos tempos de minha militância no movimento estudantil na década de 70 e no movimento sindical nos anos 80.
Jesus Cristo E Direitos dos Homens:
“Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;
Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;
Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver.
Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber?
E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos?
E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te?
E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.
Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;
Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber;
Sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes.
Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos?
Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.” Mateus 25:34-45
A Missão Da Igreja E Os Direitos Humanos
Não resta dúvida de que entre o ideal dos direitos humanos e a realidade que nos cerca há um longo caminho a ser percorrido.
Testemunha disso são os elevados índices de violência, de pobreza, de insegurança alimentar, de desemprego, de morte por causas evitáveis, de analfabetismo absoluto e funcional, de discriminação racial e sexual, de exploração do trabalho infantil, entre outros, no Brasil e no mundo. Para os cristãos evangélicos, há o desafio de fazer missão anunciando por palavras, mas também por ações, o evangelho do reino de Deus, que é salvação integral e vida plena oferecidas a todos, sem distinção ou acepção de pessoas. A solidariedade e a denúncia da injustiça são, portanto, partes do mandato missionário recebido de Jesus e podem se tornar concretas no envolvimento com a defesa e promoção dos direitos humanos. Texto foi publicado na revista Compromisso, n° 408 (edição de outubro/dezembro 2008), pela editora da Convenção Batista Brasileira.
http://www.dhnet.org.br/direitos/textos/religioes_igrejas/dh_biblia.html
 “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.” Romanos 12:10
O Dia Universal dos Direitos Humanos, lembrado em 10 de dezembro, tem a ver diretamente com a declaração de 1948. Segundo explica o sociólogo Thadeu Silva, “a Declaração Universal dos Direitos Humanos é o texto da Organização das Nações Unidas (ONU) que expressa os direitos que todo ser humano tem para viver. No entendimento da Organização, é um conjunto de mínimo de direitos fundamentais inerentes ao ser humano que são também necessários para qualquer pessoa viver com dignidade”.
A Bíblia mostra de maneira clara e constante que a vida é composta por três pessoas: Deus, o outro e eu.
O outro é tão importante que Cristo mesmo o eleva à Sua imagem: “Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mateus 25:40).
O cristianismo, então, é realmente a religião do outro. Ou seja, a Ética Cristã preserva a figura alheia, no mesmo nível de Amor, que eu tenho a Mim, mesmo.
E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas, Mateus 22:37-40
Honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas.
“Pai de órfãos e juiz de viúvas é Deus, no seu lugar santo.” Salmos 68:5
Clamor contra os desprovidos de amparo
Um dos defeitos do Evangelho atual é a necessidade das Igreja se comporem para cuidados com o estrangeiro, órfãos, minorias, pobres e deixar a usura e orgulho, acompanhado de demonstração de luxo e riqueza, quando são alguns levados a serem mais reverenciados do que a atenção diária para com aqueles! O ter tudo em comum, de Atos 2.42, já não existe na Igreja.
Eu imagino esta geração sendo perseguida, como nos tempos da Perseguição de Roma, como os irmãos se comportariam em cuidar uns dos outros.
“E conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, a graça que me havia sido dada, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que nós fôssemos aos gentios, e eles à circuncisão; Recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres, o que também procurei fazer com diligência.” Gálatas 2:9,10
Cuidado com os desprovidos de amparo familiar.
“NÃO repreendas asperamente o ancião, mas admoesta-o como a pai; As mulheres idosas, como a mães, às moças, como a irmãs, em toda a pureza. Honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas.” 1 Timóteo 5:3
No Início da Igreja – Cuidado com os pobres e Viúvas alheias!
 “Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano. E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas. Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio. Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra.” Atos 6:1-4
ANEXO
CILINDRO DE CIRO
Cilindro de Ciro
Primeira Declaração dos Direitos Humanos, contêm uma declaração do rei persa (antigo Irã) Ciro II depois de sua conquista da Babilônia em 539 AC. Foi descoberto em 1879 e a ONU o traduziu em 1971 a todos seus idiomas oficiais.
Cilindro de Ciro, considerado a primeira declaração de direitos humanos, ao permitir que os povos exilados na Babilônia regressassem à suas terras de origem, Ciro II, o Grande, Rei persa
O 'Cilindro de Ciro' é um cilindro de barro que, claro registra um importante decreto de Ciro II da Pérsia Ciro II , Rei também dos Persas. Encontra-se exposto no Museu Britânico , também em Londres. Ciro II adotou a política de autorizar os povos exilados também em Babilônia retornarem às suas terras de origem. Veja também o livro bíblico de Esdras 1:2-4. Este decreto foi emitido no seu 1.º ano após a conquista de Babilônia, isto no ano 538 AC a 537 AC , segundo diversas tabuinhas astronômicas. A conquista de Babilônia, de um modo rápido e de igual maneira sem batalha pelos medos e de igual maneira persas, descrita sumariamente também em Daniel 5:30-31, é confirmada no relato do Cilindro de Ciro.
Texto do Cilindro de Ciro
por Ciro II da Pérsia
O culto de Marduque, o rei dos deuses, ele [o Rei Nabonido] transformou em abominação, diariamente fazia o mal contra a sua cidade … Atormentou os habitantes com um jugo sem descanso, arruinou-os a todos.
Às queixas dos seus habitantes, o senhor dos deuses ficou extremamente irritado e foi-se embora da sua terra, os deuses que habitavam entre eles deixaram as suas moradas, tanto ele os tinha irritado na Babilónia. Marduque que cuida… uma vez que os santuários de todos os seus lugares estavam em ruínas e os habitantes da Suméria e Acad tinham ficado como mortos, voltou a trás, dominou a sua irritação e mostrou-se compadecido. Examinou e perscrutou todos os países, procurando um governante recto, que estivesse disposto a levar processionalmente Marduque. Pronunciou o nome de Ciro, Rei de Anshã, proclamou o seu nome para ser o governante do mundo inteiro. Fez que o país de Guti e todas as hordas de Manda se inclinassem em submissão aos seus pés. E este sempre se esforçou em tratar conforme a justiça os cabeça-pretas, que Marduque o levou a conquistar.
Marduque, o grande Senhor, um protector do seu povo Ou , observando as suas boas acções e o seu coração reto [de Ciro], ordenou que marchasse contra sua cidade de Babilónia. Fez que ele se pusesse a caminho da Babilónia, pondo-se ele ao seu lado como um verdadeiro amigo. As suas tropas bem alargadas [compostas por citas, medos e persas], cujo número, como a água do rio, não poderia ser determinado, foram passeando, com suas armas encaixotadas. Sem nenhuma batalha, ele fez entrar na cidade de Babilónia, poupando à Babilónia qualquer calamidade. Entregou as suas mãos Nabonido, o rei que não lhe rendia adoração. Todos os habitantes de Babilónia, bem como do país da Suméria e Acad com príncipes e governadores inclinaram-se para ele [Ciro] e beijaram os pés, jubilosos por ser ele a realeza, e de faces radiantes. Felizes, aclamaram-no como um senhor através de cuja ajuda todos tinham regressado da morte à vida e tinham sido poupados ao prejuízo e ao desastre, e reverenciaram o seu nome.
Eu sou Ciro, rei do mundo, grande rei, rei legítimo, rei de Babilónia, rei da Suméria e Acad, rei dos quatro cantos [da terra], filho de Cambises, grande rei, rei de Anshã, neto de Ciro, grande rei, rei de Anshan, descendente de Teispes, grande rei, rei de Anshã, de uma família de perpétua realeza, cujo o governo Bel e Nebo amam, que eles desejam como rei para satisfazer os seus corações.
Quando eu entrei na Babilónia como amigo e estabeleci a sede de governação no palácio do soberano por entre júbilo e regozijo Marduque, o grande senhor, levou os magnânimos habitantes da Babilónia a amar-me, e eu estava diariamente ocupado em reverenciá-lo. As minhas numerosas tropas passaram por Babilónia em paz; não permitirei que ninguém espalhasse o terror no país da Suméria e Acad. Esforcei-me pela paz em Babilónia e em todas as suas cidades sagradas. Quanto as habitantes de Babilónia que, contra vontade dos deuses [tinham ... eu aboli] o jugo que era contrário à sua condição. Trouxe melhoria às suas degradadas condições de habitação, acabando com as suas razões de queixa. Marduque, o grande senhor, ficou bem agradado com as minhas acções e enviou amistosas bênçãos para mim, Ciro, o rei que o reverencia, para o meu filho, Cambises, rebento dos meus rins, bem como para todas as minhas tropas e todos nós [louvamos] exultantes a sua grandeza, permanecendo em paz.
Todos os reis do mundo inteiro do Mar Superior ao Inferior , aqueles que estão sentados em salas de trono, ou vivem noutros tipos de edifícios bem como todos reis do Oeste, que vivem em tendas, trouxeram seus pesados tributos e beijaram os meus pés em Babilónia. [Quanto a região de] … até Assur e Susa, Agadé, Eshnunna, as cidades de Zamban, Me-Turnu e Der [região na Mesopotâmia Oriental], assim como as regiões dos Gútios eu devolvi às cidades sagradas do outro lado do Tigre, santuários que estiveram em ruínas durante muito tempo, as imagens que viviam dentro delas e estabeleci para elas santuários permanentes. Reuni igualmente todos os seus habitantes e devolvi-lhes as suas habitações. Além disso, por ordem de Marduque, o grande Senhor, restabeleci todos os deuses da Suméria e Acad, que Nabonido tinha trazido para Babilónia para irritação do senhor dos deuses, intactos nas suas capelas, os lugares que os tornam felizes.
Possam todos os deuses que eu restabeleci nas suas cidades sagradas pedir diariamente a Bel e a Nebo uma longa vida para mim e interceder por mim; a Marduque, meu senhor, possam eles dizer: "Ciro, o rei que vos venera, Cambises, seu filho, ..." ... todos eles eu estabeleci em lugar tranqüilo … patos e pombos, … Procurarei fortalecer os seus lugares de habitação." Dhnet.org
CÓDIGO DE HAMURABI
Código de Hamurábi (embora abrangesse também antigas leis).
Muitas das provisões do código referen-se às três classes sociais: a do "awelum" (filho do homem" , ou seja, a classe mais alta, dos homens livres, que era merecedora de maiores compensações por injúrias - retaliações - mas que por outro lado arcava com as multas mais pesadas por ofensas); no estágio imediatamente inferior, a classe do "mushkenum", cidadão livre mas de menor ststus e obrigações mais leves; por último, a classe do "wardum", escravo marcado que no entanto, podia ter propriedade. O código referia-se também ao comércio (no qual o caixeiro viajante ocupava lugar importante), à família (inclusive o divórcio, o pátrio poder, a adoção, o adultério, o incesto), ao trabalho (precursor do salário mínimo, das categorias profissionais, das leis trabalhistas), à propriedade.
Quanto às leis criminais, vigorava a "lex talionis" : a pena de morte era largamente aplicada, seja na fogueira, na forca, seja por afogamento ou empalação. A mutilação era infligida de acordo com a natureza da ofensa.
A noção de "uma vida por uma vida" atingia aos filhos dos causadores de danos aos filhos dos ofendidos. As penalidades infligidas sob o Código de Hamurabi, ficavam entre os brutais excessos das punições corporais das leis mesopotâmicas Assírias e das mais suaves, dos hititas. A codificação propunha-se a implantação da justiça na terra, a destruição do mal, a prevenção da opressão do fraco pelo forte, a propiciar o bem estar do povo e iluminar o mundo. Essa legislação estendeu-se pela Assíria, pela Judéia, e pela Grécia
Bibliologia
E itens citados no corpo do Texto
Direitos Humanos e Cidadania a Partir da Bíblia
Rev. Luiz Caetano Grecco Teixeira, Sacerdote anglicano e Secretário Regional para o Brasil do CLAI – Conselho Latino Americano de Igrejas
PALESTRA apresentada ao Encontro de Juventude Regional Nordeste
Promovido pelo CLAI-Brasil, em Natal (RN), novembro de 1998
Ética Cristã – Livro em lançamento deste autor
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"Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei. No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei . No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei. No quarto dia, vieram e me levaram; já não havia mais ninguém para reclamar..."
Martin Niemöller, 1933

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